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Jornalista alerta para necessidade de mudança de consciência e de cultura

“Não é opcional mudar, é absolutamente inadiável.” O pensamento norteou a palestra “Mundo sustentável: o papel da administração pública no meio ambiente”, proferida na manhã desta sexta-feira (29) pelo jornalista e ambientalista André Trigueiro (TV Globo e GloboNews) durante o II Seminário de Planejamento Estratégico Sustentável do Poder Judiciário. Segundo ele, o poder público, como representante da sociedade, precisa dar o exemplo. “Quando o poder público é insensível a questões sustentáveis, dá um mau exemplo”, disse. Diferentemente, para Trigueiro, quando o poder público faz sua parte e é protagonista do consumo racional de água e energia, da coleta seletiva, de ajustes no modelo construtivo para haver mais eficiência, da promoção da educação ambiental em diferentes níveis, de projetos que reduzam a demanda por transporte inpidual motorizado, “há redução de custos, otimização da saúde e a possibilidade de que a crise ambiental seja revertida”. Após dizer que “somos os responsáveis diretos pela maior crise ambiental da história da humanidade”, o jornalista afirmou que a degradação dos recursos naturais não renováveis fundamentais à vida tem origem nos nossos hábitos, comportamentos, estilos de vida e padrões de consumo. Parasita “O quanto você está preparado para mudar e o quanto você continua sendo um parasita para a sociedade?”, perguntou Trigueiro à plateia. “No universo não há neutralidade. As escolhas que fazemos determinam consequências claras, diretas e objetivas. Ou você está na direção de uma preocupação maior sobre o que é possível mudar na sua rotina em favor de um mundo melhor e mais justo, ou não está a fim de mudar”, comentou. André Trigueiro afirmou que a mudança que resolve o problema não se restringe a rotinas no ambiente de trabalho e em casa. “É necessário haver uma mudança de cultura”, defendeu. Ele refletiu sobre o momento em que estamos vivendo, no qual são desprezadas as regras de convivência, e sobre a necessidade de se pensar coletivamente. “Nossas escolhas nos dias de hoje são voltadas basicamente para interesses inpiduais”, afirmou. O palestrante também fez uma reflexão sobre a relação entre o projeto de paz e o meio ambiente: “Não é possível ter a utopia do sonho da paz com um mundo destroçado ambientalmente. Vai continuar sendo utopia.” No final, provocou: “Quer resolver os problemas ambientais? Não esquece de se olhar no espelho e ver qual é a sua vulnerabilidade em relação à palavra mágica ‘liquidação’”. Compras públicas Na mesma manhã, o secretário de controle externo da agricultura e do meio ambiente do Tribunal de Contas da União, Junnius Marques Arifa, falou sobre “Inserção de critérios de sustentabilidade nas compras públicas”. Ele abordou a importância das compras sustentáveis, os critérios de sustentabilidade nas licitações e a jurisprudência do TCU quanto ao tema, e ainda deu alguns exemplos de boas práticas no âmbito da administração pública, como as adotadas pelo próprio Superior Tribunal de Justiça e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. No início da exposição, o secretário fez uma crítica à prática de sempre se atribuir a culpa e se transferir a responsabilidade. Afirmou que, atualmente, a adoção de critérios sustentáveis tornou-se obrigatória no processo licitatório, tanto na fase de planejamento quanto na de execução. Existem acórdãos do TCU que implementam políticas a respeito do papel das aquisições para induzir mudanças no padrão de produção e do consumo. Segundo ele, questões como “o que comprar e por que comprar” devem ser respondidas com base nos critérios de necessidade, conveniência, utilidade, legalidade, prioridade e oportunidade. Junnius Arifa também fez uma reflexão sobre a necessidade de mudança de cultura, reconheceu que “precisamos evoluir muito” e terminou com uma mensagem de Mahatma Gandhi: “Você nunca sabe que resultados virão da sua ação, mas se você não fizer nada, não existirão resultados.” Projeto Ecocemar Luis Pires, secretário da Comissão Ambiental do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (Maranhão), foi o último palestrante. Ele encerrou o seminário apresentando um projeto de sucesso encampado pela Companhia Energética do Maranhão (Cemar) e que ganhou a adesão do tribunal. Batizado de projeto Ecocemar, trata-se de uma parceria firmada entre o TRT-MA e a companhia energética para a coleta seletiva de materiais. O tribunal instalou um posto fixo de coleta para que servidores, terceirizados, estagiários e a comunidade em geral entregue resíduos recicláveis. Além de colaborar com o meio ambiente, os participantes do projeto ainda podem ganhar bônus na conta de energia elétrica ou doar os descontos a instituições filantrópicas. Em apenas nove meses de funcionamento, foram arrecadadas mais de 109 toneladas de material reciclável. Os bônus do tribunal foram doados a uma casa de apoio a crianças com HIV. Foto: Para o jornalista André Trigueiro, o poder público precisa dar o exemplo de comportamento voltado para a sustentabilidade.
29/05/2015 (00:00)

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