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Corregedor da 5ª Região fala aos juízes substitutos sobre como produzir com eficiência sem prejudicar a saúde
Nesta quinta-feira, dia 26 de fevereiro, pela manhã, durante o II Curso de Formação Inicial de Juízes Federais Substitutos Aprovados no XV Concurso do TRF 1ª Região, realizado pela Escola de Magistratura Federal da 1.ª Região (Esmaf), o corregedor-regional do Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região, desembargador federal Francisco Barros Dias, ministrou uma aula aos 56 novos magistrados sobre o tema “Gestão de pessoas como estratégia na atual estrutura dos tribunais”. De acordo com o magistrado, os servidores motivados trabalham melhor, mais rápido, e sentem-se bem no ambiente de trabalho.E foi com o objetivo de mostrar aos juízes – que iniciam a carreira agora – exemplo de como equilibrar produtividade e eficiência e evitar doenças ocupacionais, como estresse e depressão, resultantes de cumprimento excessivo de metas, que o coordenador do módulo “Gestão de pessoas”, o juiz federal da Seção Judiciária de Minas Gerais, Marcelo Dolzany, convidou o corregedor para proferir a palestra. “Queríamos trazer para os juízes exemplos de experiências que deram certo, que é possível conjugar produtividade com eficiência e bem-estar”, disse o juiz.Conforme relato do corregedor, ao assumir o seu gabinete ele recebeu sete mil processos, e, ao longo de dois anos, mais 6.800 ações. Ao final desse tempo, restaram 500 processos. “Zeramos todos os processos e trabalhamos, somente, com os que estão chegando”, disse, acrescentando que “para atingir as metas utilizo, desde o 1º Grau, o mesmo procedimento: me reúno com toda a equipe, semanalmente, momento oportuno para dirimir as dúvidas e dinamizar o andamento dos trabalhos”. O desembargador explicou que é preciso desmistificar o processo, pois ele “é o nosso instrumento de trabalho”, asseverou.No seu ver, a proximidade com todos os funcionários, sem exceções, é essencial. “Falar com todos, de forma direta, agiliza a solução dos casos”, afirmou. Para ele, é fundamental reduzir o tempo em que cada um mantém uma dúvida acerca da solução de uma ação. Por isso, defende um gabinete aberto, em que a demora para falar com a autoridade seja mínima. “Para mim, o servidor é tão importante quanto o juiz e todos, trabalhando juntos, geram bons resultados. Uma equipe coesa é fundamental. Para tanto, procuro mostrar a cada um dos funcionários do gabinete a importância, a necessidade da produção de cada um. E que isso irá refletir em um serviço público relevante para a comunidade, formada pelos seus próprios familiares e amigos”.A ideia que norteia o gerenciamento de processos, conforme o entendimento do corregedor, é o gestor/magistrado estar preparado, capacitado para dar respostas com a maior brevidade possível, ou seja, ter a capacidade de encontrar soluções, rapidamente, para as situações que surgirem a fim de impedir que as ações se avolumem. Para tanto, o desembargador procura, nas reuniões semanais, encontrar os talentos que se sobressaem em cada um e, a partir de então, dividir as tarefas. “Converso com todos. Tento descobrir as aptidões de cada um para que seu rendimento seja maior no gabinete. Isso é muito importante, pois todos são meus assessores. E, quando surgem matérias inéditas, pesquisas são realizadas para se chegar ao desfecho ideal”, disse o desembargador. “Trabalhar pouco, produzir muito. Essa é a meta”, salientou o corregedor, enfatizando que a sua experiência de 28 anos de magistratura mostra que, quando aplicada a estratégia certa, os resultados são surpreendentes na prestação jurisdicional. E, além disso, garantiu que a equipe produz em um ambiente descontraído, onde existe satisfação e contentamento.Assessoria de Comunicação SocialTribunal Regional Federal da 1.ª Região
Fonte:
TRF 1ª Região
27/02/2015 (06:30)
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