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Acusado de matar quilombola é condenado
Após julgamento que durou cerca de seis horas, no Fórum de Belém, o ambulante Carlos Alberto Araújo da Silva, 50 anos, analfabeto, acusado de matar a facadas o líder comunitário Teodoro Lalor de Lima, agricultor, 59 anos, foi condenado por homicídio simples. A pena fixada ao réu de 7 anos de reclusão pela juíza Angela Alice Tuma, presidente do 3º Tribunal do Júri da Capital, será cumprida em regime inicial semi-aberto. Quanto à acusação de lesões na segunda vítima, Antonia Gosmes dos Santos, os jurados decidiram absolver o acusado, por não ter provas desse crime, uma vez que a vítima não compareceu no júri. O réu teve assistência do defensor público Rafael Sarges, que sustentou a tese de homicídio simples. A promotora de justiça Rosana Cordovil, que atuou em conjunto com o advogado Jorge Farias, sustentou a tese de que o réu foi autor de homicídio qualificado por motivo torpe. A juíza manteve a prisão, considerando que “o acusado, ao ser interrogado em plenário, não soube declarar endereço de local certo para pouso, depreendendo-se que solto frustrará a aplicação da lei penal”, sentenciou. Em relação à acusação de lesão corporal praticada contra sua ex-mulher Antonia Gomes dos Santos, por maioria dos votos, os sete jurados absolveram o réu. Durante o júri, foram ouvidas quatro testemunhas, todas trazidas pela promotoria. Todas afirmaram conhecer o réu, que era visto no bairro vendendo amendoins. Em interrogatório, o réu negou ter cometido o crime. Ele disse que nesse dia (19/08/2013), teria terminado o relacionamento com a Antonia dos Santos por ela estar se envolvendo com outros homens. Ele disse que, na casa da mulher, travou luta corporal com um homem que estava na casa, mas não sabia que ele teria morrido ou que era liderança de agricultores quilombolas. Fonte: Coordenadoria de Imprensa Texto: Glória Lima
Fonte:
TJ Para
26/02/2015 (12:00)
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